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18/11/2009 - 10:13

Incêndios florestais: ameaça à vida

A primavera é historicamente marcada por incêndios florestais que afetam seriamente não apenas a flora, mas também a fauna, tão importante para o equilíbrio da biodiversidade. Dados da Secretaria do Meio Ambiente do Estado da Bahia mostram que, comparando novembro de 2007 com o mesmo período de 2008, houve um aumento de 308% no registro de focos de incêndios. Tamanduás, micos, cotias, preás, camaleões, abelhas e pássaros de diversas espécies: nada escapa ao calor das chamas que atingem as florestas. Ao colocar fogo numa área florestal, seja nativa ou reflorestada, queima-se o ambiente de centenas de espécies da fauna e flora silvestre – uma infinidade de aves, mamíferos, répteis, anfíbios e plantas que vivem por entre as árvores e arbustos.

“Sempre encontramos animais queimados e ninhos com ovos ou filhotes recém-nascidos mortos pelo fogo”, lamenta Valnei Neves, escriturário da Copener Florestal, em Alagoinhas, que atua no combate a incêndios florestais nas áreas da empresa. “Os animais que não morrem, fogem e só retornam quando a área se regenera. E isso pode levar anos”, completa Valnei. Os incêndios florestais submetem não apenas os animais a um sacrifício cruel do qual a maioria não tem como se livrar, mas ameaçam também os seres humanos.

“Tem a vida silvestre, mas tem também a vida das pessoas. Árvores queimando podem tombar sobre quem está combatendo o fogo”, destaca. As equipes precisam estar preparadas para enfrentar, além do calor, a fumaça, que sufoca, e o fogo, que pode cercar os combatentes, deixando-os sem saída. “Por isso, o combate aos focos deve ser o mais rápido possível, dentro dos critérios de segurança”, explica o colaborador da Copener.

Talvez, um dos maiores problemas em relação à natureza é não tratá-la como se fosse a nossa casa – o que, de fato, ela é – desmatando, jogando lixo, ateando fogo, destruindo. Vem daí a pergunta da nova campanha contra incêndios da Bahia Pulp/Copener: “Você atearia fogo à sua casa?”. A campanha quer sensibilizar para o sacrifício a que animais e plantas são submetidos com os incêndios. E para o risco que eles representam também para as pessoas.

Causas de incêndios - As causas de incêndios florestais são várias. Além daqueles provocados de maneira inconsequente, muitos ocorrem por falta de controle das queimadas nas áreas rurais. A ação de caçadores é outro fator e tem ainda a ação dos “traficantes de mel”, aqueles que ateiam fogo às colmeias formadas nas copas das árvores para espantar as abelhas e extrair o mel.

Os incêndios florestais arrasam tudo o que encontram pela frente. E tanto faz se ele começa numa área de preservação ambiental ou numa área de reflorestamento. Como estas áreas normalmente são interligadas, o fogo se alastra facilmente para todos os lados. Isso ocorre porque os reflorestamentos são intercalados com trechos de vegetação nativa que compõem as áreas de reserva legal e preservação permanente. É a chamada paisagem mosaico, responsável pela manutenção de corredores ecológicos entre os plantios de eucalipto da Copener. Estas áreas concentram-se, principalmente, nas encostas e fundos de vales, onde há cursos d’água e a ocorrência de animais silvestres é mais intensa.

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