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11/05/2007 - 07:34

Pesquisa aponta que 37% dos automóveis de São Paulo poluem em excesso

Estudo realizado em todo o Estado de São Paulo pela Cetesb (Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental), em parceria com a Umicore, principal fabricante de catalisadores automotivos, e a Mastra Escapamentos, empresa fabricante de sistemas de exaustão e conversores catalíticos, mostra que 37% dos automóveis em circulação no Estado apresentam catalisadores inoperantes. Para a pesquisa, foram avaliados 426 veículos leves, originalmente equipados com catalisador e escolhidos aleatoriamente em 31 localidades.

Do total de veículos checados, 24% estavam com falsos catalisadores ou tiveram o núcleo cerâmico extraído e 13% apresentaram-se inoperantes. Desta última parcela, grande parte dos catalisadores não cumpre sua função pois sofreu a degradação natural por envelhecimento após o término da sua vida útil, que é de cerca de 80 mil quilômetros.

"Realizamos esta pesquisa ao longo de seis meses e os dados foram surpreendentes. Cerca de ¼ da frota circula em situação irregular, ou seja, com falsos catalisadores ou com o equipamento adulterado. Isso prova que é necessário um trabalho com foco na orientação da população em relação aos falsos catalisadores e seus malefícios pela enorme emissão de poluentes na atmosfera, que contribui para agravar ainda mais a crítica situação do planeta", ressalta Carlos Eduardo Moreira, gerente de Desenvolvimento de Negócios da Umicore.

A avaliação, feita de acordo com a faixa etária dos veículos, mostra que para os modelos com ano de fabricação entre 1992 e 1996, 70,6% dos catalisadores são inoperantes; entre 1997 e 1999, 33,7% não operam corretamente; entre 2000 e 2002, 29% são inoperantes; e entre 2003 e 2006, o índice cai para 11%. "Estes dados comprovam que a população não tem o hábito da substituição do catalisador após o fim da sua vida útil ou quando o equipamento é danificado", complementa Everaldo Sajioro Jr., diretor-presidente da Mastra Escapamentos.

Região Metropolitana de São Paulo - Segundo dados da pesquisa, somente nesta região há cerca de 4 milhões de automóveis originalmente equipados com o catalisador. Os equipamentos inoperantes correspondem a 1,5 milhão, sendo que deste montante, 1 milhão são falsos catalisadores ou tiveram a cerâmica retirada.

Com base nestes dados, a Cetesb simulou a quantidade anual de emissão de poluentes proveniente dos automóveis na Região Metropolitana de São Paulo se os catalisadores mantivessem sua função ao longo da vida útil dos automóveis. A emissão de monóxido de carbono seria de 70,6 mil toneladas ao ano, de hidrocarbonetos 13,1 mil toneladas anualmente e óxidos de nitrogênio 17,9 mil toneladas por ano. Isso representa, respectivamente, 4,8%, 3,7% e 5,4% da carga total de poluentes emitidos na região, em 2005, por todas as fontes móveis de poluição.

"O catalisador é uma peça fundamental para atender aos limites estipulados pelo PROCONVE - Programa de Controle de Poluição do Ar por Veículos Automotores. No entanto, vale ressaltar que os maiores poluidores são os automóveis antigos, com carburador e ainda não equipados originalmente com o catalisador. Ao longo dos anos, esta frota será renovada, o que aumenta ainda mais a importância de utilizar corretamente os catalisadores", ressalta Moreira.

Sobre o catalisador - O catalisador é formado por uma carcaça metálica composta por uma cerâmica interna, capaz de converter os gases tóxicos do motor em gases inofensivos para o meio ambiente. Porém, a carcaça metálica pode ser danificada por impactos, o que compromete a sua estrutura física, levando à perda total. Uma outra possibilidade de um catalisador sofrer danos sérios é por meio de falhas de ignição, causadas por combustível adulterado ou manutenção precária.

Antes de trocar o catalisador, o consumidor deve ficar atento à originalidade do equipamento. É importante que o produto esteja dentro de embalagem padronizada, com a marca do fabricante, especificação de suas aplicações e, principalmente, com o certificado de garantia e a nota fiscal.

Projetado para trabalhar em sintonia com o sistema de alimentação dos automóveis, a falta do catalisador ou a utilização de um falso provoca também diversos problemas ao veículo. Dentre eles, destacam-se a desregulagem do sistema de injeção eletrônica, alteração da contrapressão do sistema de escapamento, o aumento do consumo de combustível em até 20% e a perda de rendimento do motor.

A Umicore é um grupo de tecnologia de materiais e suas atividades são centralizadas em quatro áreas de negócios: Materiais Avançados, Produtos de Metais Preciosos & Catalisadores, Serviços de Metais Preciosos e Especialidades de Zinco. Cada área de negócios está dividida em várias unidades de negócios direcionadas ao mercado. A Umicore foca suas atividades em áreas de aplicação em que seu conhecimento na ciência dos materiais, química e metalurgia faz a diferença, seja em produtos essenciais ao dia-a-dia ou aqueles que estão no topo de novos desenvolvimentos tecnológicos. O objetivo de criação de valor sustentado da Umicore, baseia-se em sua ambição de desenvolver, produzir e reciclar materiais de forma a cumprir sua missão: materiais para uma vida melhor. O grupo Umicore tem operações industriais em todos os continentes servindo em uma base global de clientes. Em 2005, apresentou faturamento de EUR 6,6 bilhões e atualmente conta com 14 mil colaboradores.

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