Lixo Verde do Skol beats gera renda para catadores de São Paulo

Parte da verba arrecadada com a venda de copos, latas e papel será doada para os catadores da ONG Vira Lata.

Mais de três toneladas de recicláveis, entre copos, latas e papel, foram recolhidas durante o Skol Beats, festival de música eletrônica que reuniu mais de 40 mil pessoas no último fim de semana, em São Paulo. Cerca de 52 catadores credenciados pela ONG Vira Lata fizeram a coleta seletiva de todo material reciclável durante o evento. Com este trabalho, a companhia conseguiu eliminar o impacto ambiental que poderia ser causado pela quantidade de lixo gerado pelo público presente no Skol Beats.

Todo material recolhido será vendido a indústrias recicladoras e parte da verba arrecadada será repartida entre os catadores da Associação Vira Lata que trabalharam no evento. A ONG é responsável pela coleta seletiva do lixo não-orgânico de mais de 200 estabelecimentos da região oeste de São Paulo.

"A Cooperativa Vira Lata faz parte do Reciclagem Solidária, projeto coordenado pela ONG Recicloteca, o maior centro de informação sobre meio ambiente e recilagem da América Latina, apoiada pela AmBev há mais de 10 anos. A iniciativa da empresa junto às cooperativas é a prova do seu compromisso com questões ambientais".

Em parceria com a entidade, a empresa desenvolve, desde 2002, o programa Reciclagem Solidária, que contribui para a melhoria de cooperativas de catadores, por meio de palestras que tratam de temas como gestão e segurança, e por meio da doação de prensas hidráulicas. Esse equipamento aumenta a capacidade de armazenamento e transporte dos recicláveis que, prensados, têm maior valor de mercado.

Presente em seis Estados, o Reciclagem Solidária já beneficiou quase 5 mil pessoas, em 26 cooperativas, gerando renda às comunidades envolvidas na coleta e comercialização dos materiais e minimizando impactos ambientais. Quem participa do programa, ganha mais produtividade e, conseqüentemente, rentabilidade para investir no negócio. Em 2006, foram recolhidas mais de 16,6 toneladas de alumínio (latinhas) e 150 toneladas de PET.

Na companhia, a preocupação com o meio ambiente é histórica. Em 1997, a Ambev desenvolveu um Sistema de Gestão Ambiental (SGA), seguido por todas as unidades fabris. O SGA, definido como prioridade pela direção da companhia, visa a elaborar um padrão de excelência em todos os processos industriais, com o objetivo de conjugar sustentabilidade com eliminação de poluição, redução de custo, diminuição de geração de resíduos e perda de matérias-primas.

Ações Ambientais - A reciclagem é uma das ações de responsabilidade ambiental mais praticadas pela AmBev. Atualmente, cerca de 98% dos subprodutos provenientes da fabricação de bebida, como fermento, bagaço de malte e polpa dos rótulos, são reaproveitados. O bagaço de malte, por exemplo, é utilizado como fonte de proteína em ração animal. O fermento, depois de seco, compõe preparos para sopas e caldos. Além disso, toda água usada pela companhia passa pelas estações de tratamento, que, juntas, tem capacidade para tratar 200 mil metros cúbicos de efluentes por dia, o equivalente à estação de tratamento do estado de Goiás, com 4,5 milhões de habitantes.

O cuidado que a companhia tem com os recursos hídricos se dá desde o início do processo produtivo, quando a água é captada. O uso racional da água permitiu a algumas fábricas ultrapassar o benchmark mundial de consumo de 3,75 litros de água para cada litro de cerveja produzido. Em 2006, as unidades de Curitiba, Brasília e Agudos atingiram os surpreendentes índices anuais de 3,49; 3,63 e 3,70 litros de água/litro de cerveja, respectivamente. Para entender a evolução da economia, em 2001 a quantidade de água usada pela AmBev para produzir um litro de bebida era de 5,62 litros de água/litro de cerveja. No ano passado, o índice geral caiu para 4,30 litros de água/litro de cerveja.